Tratamento da Tenossinovite
Estenosante de DeQuervain
O que é?
Embora o nome seja meio complicado, o diagnóstico costuma ser simples. O paciente apresenta-se com dor na borda radial do punho, junto ao estilóide radial, onde passam os tendões de dois músculos responsáveis por movimentar o polegar. Estes tendões - chamados de extensor curto do polegar e abdutor longo do polegar - passam por dentro de um túnel (primeiro túnel osteofibroso dos extensores) e, deste modo, mantém seu trajeto adequado em todas as posições do punho e da mão. Em algumas situações, porém, o túnel fica apertado, e com a parede espessada, comprimindo assim os tendões que por ele passam. Em consequência, um processo inflamatório local ainda piora a sintomatologia.
Você conhece alguém que teve tendinite na mão? Provavelmente sim, afinal a prevalência destas lesões é muito alta e acaba por atrapalhar demasiadamente na realização das atividades da vida diária; Dentre essas, uma das mais comuns, levando muitas pessoas ao consultório do ortopedista especialista em cirurgia da mão, é a tenossinovite estenosante de DeQuervain
Embora o nome seja meio complicado, o diagnóstico costuma ser simples. O paciente apresenta-se com dor na borda radial do punho, junto ao estilóide radial, onde passam os tendões de dois músculos responsáveis por movimentar o polegar. Estes tendões - chamados de extensor curto do polegar e abdutor longo do polegar - passam por dentro de um túnel (primeiro túnel osteofibroso dos extensores) e, deste modo, mantém seu trajeto adequado em todas as posições do punho e da mão. Em algumas situações, porém, o túnel fica apertado, e com a parede espessada, comprimindo assim os tendões que por ele passam. Em consequência, um processo inflamatório local ainda piora a sintomatologia.
O polegar é muito utilizado em todas as atividades da mão, de modo que dor ao utilizá-lo gera grande incapacidade funcional. Nos casos com diagnóstico precoce e de menor intensidade, imobilização, gelo e medicamento antiinflamatório pode ser suficiente para resolução do quadro. Por outro lado, em casos que não respondem bem ao tratamento inicial, ou que tem uma evolução de duração intermediaria podemos optar pelo tratamento com infiltração local utilizando corticóide de longa duração. Infelizmente alguns paciente apresentam-se muito tardiamente para a consulta, ou tem contra-indicações para uso destas medicações, de modo que a intervenção cirúrgica resta como melhor alternativa.
No tratamento cirúrgico, realizamos a abertura do tunel osteofibroso e assim promovemos a liberação dos tendões extensores. Durante o pós-operatório imediato o paciente fica com curativos no local, sem necessidade de uso de gesso ou tala. A melhora da dor é marcante e logo que a pele esteja cicatrizada o paciente fica liberado para a maioria de suas atividades. Para exercícios de alta performance ou esforço intenso sugerimos afastamento por cerca de 4 semanas após a cirurgia.
Para esta tendinite, merece atenção especial aqueles casos que ocorrem em decorrência de alterações hormonais. Um exemplo típico é o inicio dos sintomas durante o período gestacional ou durante a amamentação. Como a alteração hormonal neste caso é temporária a prioridade é pelo tratamento não cirúrgico; temos a expectativa de resolução do quadro com a regularização do status hormonal da paciente. O mesmo vale para pacientes com outras alterações que estejam ainda em equilíbrio, como hipotireoidismo ou doenças reumatológicas em fase inicial de tratamento.
Durante a consulta, uma avaliação detalhada ajuda a diferenciar outras alterações que produzem sintomas semelhantes e podem causar confusão diagnóstica, como síndrome de wartemberg e rizartrose.