Tratamento de
Fraturas do Escafóide
Rádio e Ulna
O que é?
As fraturas de escafóide estão entre as fraturas mais frequentes nos membros superiores. Normalmente em decorrência de uma queda sobre a mão, algumas vezes a dor é pouco intensa e o paciente demora para procurar ajuda. Além disso, o raio-x realizado no momento do trauma pode não mostrar a fratura, aumentando ainda mais a chance de o diagnóstico ser realizado tardiamente.
Quando temos duvidas sobre a presença da fratura, indicamos manter o punho imobilizado e seguimento de investigação com ressonância magnética, tomografia computadoriza ou novo exame de raio-x em duas a três semanas. O diagnóstico precoce é importante, pois o tratamento adequado aumenta muito a chance de sucesso.
![tratamento fratura escafoide em porto alegre dr carlos jungblut](https://carlosjungblut.com.br/novo/wp-content/uploads/2022/01/tratamento-fratura-escafoide-em-porto-alegre-dr-carlos-jungblut-300x300.jpg)
Para as fratura sem deslocamento ósseo, é indicado imoblilização gessada. Na lesão mais frequente, localizada no colo / cintura do escafóide, mantemos gesso por 6 a 9 semanas, ou mais… Como opção, pode ser realizado cirurgia minimamente invasiva de fixação percutânea com mini-parafusos de herbert. Esta técnica permite maior liberdade durante o tratamento e evita uso do gesso. A decisão é tomada em conjunto entre o paciente e o cirurgião, uma vez que ambas técnicas são corretas para o tratamento dessas fraturas.
Quando a fratura não consolida, ocorre o que chamamos de pseudo-artrose do escafóide, com mal funcionamento do punho e evolução para artrose, dor crônica e perda de mobilidade. Nesse caso uma avaliação especializada, levando em conta o avanço da lesão e as características do paciente, ajudam a decidir sobre técnicas cirúrgicas para recuperar o osso (fixação e enxertia óssea) ou as chamadas cirurgias de salvação (visando alivio da dor). Dentre as cirurgias de salvação, as principais são a carpectomia proximal, a artrodese dos 4 cantos e a artrodese total do punho.
Em casos mais iniciais, a tentativa é por recuperar a anatomia normal do punho, enquanto nos casos crônicos o foco é alivio da dor e recuperação de tanta capacidade funcional quanto for possível.